quinta-feira, 7 de março de 2013

8 de março - Dia Internacional da Mulher



Mulheres motociclistas
Foto: Acervo pessoal da autora


NÃO SEI, QUE INTENSA MAGIA, TEU CORPO IRRADIA
QUE ME DEIXA LOUCO ASSIM , MULHER...
...PALAVRA MÁGICA […] MULHER!

Fechando os olhos e buscando nas minhas memórias mais queridas, lembro das minhas avós, sentadas em suas cadeira de balanço, conversando com os seus netos enquanto faziam seus tricôs e crochês. Mais tarde podia se sentir um aroma gostoso no ar – aquele cheirinho maravilhoso de bolinhos de chuva, com o inigualável perfume de café recém coado em filtro de pano.

Abro os meus olhos e vejo que episódios como esse se foram há muito tempo. As avós de hoje, como eu, são diferentes: não nos dedicamos mais a apenas cuidar das nossas casas, do marido e filhos. Atualmente os nossos dias também são divididos entre viagens com as amigas, encontros com a turma, praticar exercícios na academia, navegar na internet e até se dedicar a momentos apenas para nós.

Mesmo com essas mudanças não podemos esquecer do nosso passado: já houve um tempo em que a nossa palavra não tinha valor, que não podíamos votar, concorrer pelas mesmas vagas de trabalho que os homens. Ser mulher já foi sinônimo de posse, de prenda e garantia de um celibato psicológico a um único esposo, mesmo que este lhe tratasse muito mal. De algum tempo para cá já queimamos sutiãs; entramos para as formas armadas para lutar na linha de frente. Comandamos navios e aviões e até presidente do Brasil nos tornamos!

Hoje somos mais independentes, guiando as nossas próprias vidas, compartilhando a responsabilidade de manter uma família junto com os nossos esposos, podendo ir para onde desejarmos sem sermos recriminadas; somos donas de nós mesmos, de corpo e alma.

Claro que nem tudo está perfeito. Ainda há muito pelo que lutar, mas hoje temos o nosso lugar de direito nesse mundo – um lugar onde eu com a minha idade me sinto uma mulher feliz e moderna, com lindas filhas, netos e uma família feliz e com muitos amigos. Posso subir em uma moto, fechar os olhos e apenas sentir o vento batendo em meu rosto... curtindo cada instante daquilo que me torna única: mulher.

Por Hilda Maria Colpy Favaron

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