Nesta época onde tudo é passageiro e descartável, encontrar o príncipe encantado e manter um relacionamento duradouro (até que a morte nos separe) parece impossível. Este sonho pertence ao passado, aos contos de fadas, as histórias de amor açucaradas, do tempo em que nós, avós de hoje, éramos meninas.
Muitas mulheres desse período encontraram seus príncipes e algumas ainda continuam com eles. É claro que, na vida, o que existe de fato são problemas, dificuldades, desencontros e alguns momentos de felicidade, transformando contos de fadas em coisa concreta, onde o amor tem que suportar e vencer os obstáculos. Talvez seja isso que faz com que aquilo que vivemos valha a pena ser contado.
É o que nos revela a história de vida da escritora e poetisa Amélia Sparano. Ela nasceu e Turim na Itália em 1912 e morreu no Brasil em 2 de outubro de 2008. Sua vida foi um exemplo de coragem onde amor e vocação andaram sempre juntos. Tinha 26 anos quando conheceu o marido com o qual viveu 63 anos, que na época tinha 16 anos. Amélia superou a rigidez de sua educação e assumiu um amor que no ano de 1939 seria quase impossível. Foi ameaçada pelo pai do rapaz por corrupção de menor. Em seu poema “Primeiro Beijo” ela exprime bem a intensidade desse amor que começou com uma aposta e selou para sempre seu destino:
Primeiro Beijo
Tremíamos
Atraídos
Irresistivelmente
Nossos lábios salgados
Lentamente
Se aproximando
A realizar desejos represados.
Em 6 de julho de 2002 o seu marido faleceu, após 63 anos de casamento e Amélia continuou a mulher apaixonada de sempre. Em um dos trechos da sua poesia “Aos meus 89 anos”, ela escreve:
[...]
...enquanto perdura
o milagre da vida,
sonho talvez, aventura e ventura,
cultivo amor, afetos, amizades
esperança e vaidade...
Bem longe no nirvana.
E quando o sol me beija na manhã
Festejo a madrugada alegremente
Como se fosse meu primeiro dia:
[Ainda estou no mundo
aproveitando a hora fugidia.
Que neste dia 12 de junho - com ou sem o príncipe - busquemos como se fosse nosso primeiro dia, a paixão pela vida e seus mistérios; felizes para sempre!
Zezé Bueno – 68 anos
Fonte: Ali Shabre |
É o que nos revela a história de vida da escritora e poetisa Amélia Sparano. Ela nasceu e Turim na Itália em 1912 e morreu no Brasil em 2 de outubro de 2008. Sua vida foi um exemplo de coragem onde amor e vocação andaram sempre juntos. Tinha 26 anos quando conheceu o marido com o qual viveu 63 anos, que na época tinha 16 anos. Amélia superou a rigidez de sua educação e assumiu um amor que no ano de 1939 seria quase impossível. Foi ameaçada pelo pai do rapaz por corrupção de menor. Em seu poema “Primeiro Beijo” ela exprime bem a intensidade desse amor que começou com uma aposta e selou para sempre seu destino:
Primeiro Beijo
Tremíamos
Atraídos
Irresistivelmente
Nossos lábios salgados
Lentamente
Se aproximando
A realizar desejos represados.
Em 6 de julho de 2002 o seu marido faleceu, após 63 anos de casamento e Amélia continuou a mulher apaixonada de sempre. Em um dos trechos da sua poesia “Aos meus 89 anos”, ela escreve:
[...]
...enquanto perdura
o milagre da vida,
sonho talvez, aventura e ventura,
cultivo amor, afetos, amizades
esperança e vaidade...
Bem longe no nirvana.
E quando o sol me beija na manhã
Festejo a madrugada alegremente
Como se fosse meu primeiro dia:
[Ainda estou no mundo
aproveitando a hora fugidia.
Que neste dia 12 de junho - com ou sem o príncipe - busquemos como se fosse nosso primeiro dia, a paixão pela vida e seus mistérios; felizes para sempre!
Zezé Bueno – 68 anos
Parabéns Zezé, muito linda sua homenagem ao dia dos namorados, gostei muito
ResponderExcluirHilda