terça-feira, 25 de junho de 2013

Bazar de Inverno 2013 - Vamos celebrar o amor!


Dia 29 de Junho de 2013, das 10 às 16 horas

Local: Igreja Medotista de Pinheiros

Rua: Deputado Lacerda Franco, nº 318
Pinheiros
São Paulo, SP, 05418-001


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terça-feira, 18 de junho de 2013

Água

Sou cristalina e fresca
Salgada e doce
Todos dependem de mim
Sou vida
Existo nas nuvens em formas de gotas.
E quando caio me  chama de chuva
Existo nos rios, nos mares nos lagos, nas geleiras
E até nos lençóis subterrâneos
Corro nos leitos e pulo de altas  quedas.
Muitas vezes me chamam de cachoeira.
Banho-te todos os dias,
E mato sua sede
Alegro as plantas quando ás rego
E balanço os barcos nos mares.
Você acha que sou abundante.
Por isso me desperdiça
Você me polui me maltrata,
Estou morrendo e você nem percebe, esquece
Estou ficando  escassa.
Ontem fui muito abundante
Amanhã serei motivos de guerras.
Por i isso
NÃO ME MATE
NÃO ME MALTRATE
E NEM ME JOGUE FÓRA
ME SALVE, SOU ESSENCIAL A SUA VIDA!

Por Kátia Silva, compilado por Prudência S. Nunes (85 anos)

terça-feira, 11 de junho de 2013

O príncipe sapo

Nesta época onde tudo é passageiro e descartável, encontrar o príncipe encantado e manter um relacionamento duradouro (até que a morte nos separe) parece impossível.  Este sonho pertence ao passado, aos contos de fadas, as histórias de amor açucaradas, do tempo em que nós, avós de hoje, éramos meninas.

Fonte: Ali Shabre
Muitas mulheres desse período encontraram seus príncipes e algumas ainda continuam com eles. É claro que, na vida, o que existe de fato são problemas, dificuldades, desencontros e alguns momentos de felicidade, transformando contos de fadas em coisa concreta, onde o amor tem que suportar e vencer os obstáculos.  Talvez seja isso que faz com que aquilo que vivemos valha a pena ser contado.

É o que nos revela a história de vida da escritora e poetisa Amélia Sparano.  Ela nasceu e Turim na Itália em 1912 e morreu no Brasil em 2 de outubro de 2008.  Sua vida foi um exemplo de coragem onde amor e vocação andaram sempre juntos.  Tinha 26 anos quando conheceu o marido com o qual viveu 63 anos, que na época tinha 16 anos.  Amélia superou a rigidez de sua educação e assumiu um amor que no ano de 1939 seria quase impossível. Foi ameaçada pelo pai do rapaz por corrupção de menor.  Em seu poema “Primeiro Beijo” ela exprime bem a intensidade desse amor que começou com uma aposta e selou para sempre seu destino:

Primeiro Beijo

Tremíamos
Atraídos
Irresistivelmente
Nossos lábios salgados
Lentamente
Se aproximando
A realizar desejos represados.

Em 6 de julho de 2002 o seu marido faleceu, após 63 anos de casamento e Amélia continuou a mulher apaixonada de sempre. Em um dos trechos da sua poesia “Aos meus 89 anos”, ela escreve:

[...]
...enquanto perdura
o milagre da vida,
sonho talvez, aventura e ventura,
cultivo amor, afetos, amizades
esperança e vaidade...
Bem longe no nirvana.
E quando o sol me beija na manhã
Festejo a madrugada alegremente
Como se fosse meu primeiro dia:
[Ainda estou no mundo
aproveitando a hora fugidia.

Que neste dia 12 de junho - com ou sem o príncipe - busquemos como se fosse nosso primeiro dia, a paixão pela vida e seus mistérios; felizes para sempre!

Zezé Bueno – 68 anos