segunda-feira, 15 de abril de 2013

Entrevista: Dra. Cidinha

A Dra. Maria Aparecida Garcia, carinhosamente conhecida por “Dra. Cidinha”, é fisioterapeuta graduada em pela Universidade Anhembi Morumbi, com pós-graduações em Dermato Funcional e Gerontologia pela Universidade Cidade de São Paulo. Suas principais áreas de atuação são: Reabilitação em Geral, RPG e Pilates Pós Cirúrgico.

P: Dra. Cidinha fale um pouco sobre a Fisioterapia?
É a ciência da saúde que estuda, diagnostica, previne e trata os distúrbios do movimento humano decorrentes de alterações de órgãos e/ou sistemas. Seu objetivo é preservar, manter, desenvolver ou restaurar (reabilitação) a integridade de órgãos, sistema ou função. Como processo terapêutico utiliza conhecimentos e recursos próprios, com base nas condições psico-sociais, tendo por objetivo promover, aperfeiçoar ou adaptar o indivíduo a melhoria de qualidade de vida.
É uma atividade regulamentada pelo Decreto-Lei 938/69, Lei6.316/75 e demais resoluções e portarias do Ministério da Saúde. Pode ser administrada em consultórios, clínicas, centros de reabilitação, asilos, clubes, residências, etc. .
A direita: Dra. Cidinha (acervo pessoal da autora)
P: Qual a área profissional que você exerce no projeto?
Eu atuo em duas áreas específicas: Fisioterapia Gerontológica e Reumatológica.
A Fisioterapia Gerontológica estuda, previne e trata as disfunções decorrentes do processo de envelhecimento, mediante a administração de condutas fisioterapêuticas, prevenindo problemas funcionais e promovendo a recuperação funcional global de pessoas idosas.
Já a Fisioterapia Reumatológica estuda como melhorar os movimentos de pacientes com problemas nas articulações, deformações, artrite e reumatismos. Existem 120 formas de doenças reumáticas (reumatismos). As doenças reumáticas podem ser agrupadas em doenças degenerativas e inflamatórias. É importante que o paciente saiba o nome de sua doença (p.e.: tendinite, artrite reumatoide, lúpus, osteoartrose, etc.) para um melhor diagnóstico e tratamento.

P: Qual a reabilitação esperada?
O objetivo é restaurar os movimentos e funções comprometidas depois de uma doença ou acidente. Nesse momento é a fisioterapia que irá atuar com esse paciente para que o mesmo possa estar se reinserindo na sociedade, ou o mais perto disto (mais funcional/autônomo possível).

P: Como foi que você ingressou no Projeto Samuel Rangel?
Comecei há quatro anos como voluntária. Já fiz trabalho voluntariado em diversas instituições, sempre direcionado aos idosos - público com o qual me identifico e gosto muito de trabalhar.
Trabalho uma vez por semana (às sextas-feiras das 08h às 12h). No começo foi difícil, pois não tínhamos espaço físico privado; cada dia eu ficava em um lugar, enfim era muito desconfortável não ter privacidade com as pacientes, mas mesmo assim era sempre uma festa: elas traziam bolachas, doces e salgados para o nosso cafezinho que elas mesmas preparavam com muito carinho.
Não tínhamos todo o material necessário - como pomadas, lençóis descartáveis, esparadrapo, fita crepe – enfim, eu mesma trazia os meus próprios insumos. Hoje temos uma sala só nossa com todo material necessário para realizar um bom trabalho fisioterapêutico.

P: Para finalizar, conte-nos alguma história que te marcou nesses anos de trabalho.
Já atendi diversos casos interessantes, a maioria com sucesso. Porém houve um que marcou muito; toda vez que comento sobre ele fico emocionada.
Era uma senhora boliviana – uma pessoa muito querida. Ela possuía um problema reumático no braço e antebraço. Trabalhamos durante alguns meses no seu tratamento, testando diversas terapias. Um dia ela chegou à sala, ajoelhou-se, pegou minhas mãos e as beijou. Fiquei tão comovida que choramos juntas, pois finalmente ela estava curada.
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Após essa entrevista, fiquei com o seguinte pensamento em minha mente:

“Aprenda a trabalhar com ordem, paz, moderação e paciência. Jamais recue perante o cansaço e as dificuldades. Trabalhe com reconhecimento e alegria. Considere uma honra desenvolver, através do trabalho, os dons que Deus lhe deu.”

Por Diva S. Guedes

sexta-feira, 12 de abril de 2013

Relacionamento a dois

Fonte: Yanidel (link)


Um relacionamento vivido a dois vem com suas doses de erros e acertos que desgastam a relação com quem você decidiu passar a vida, pois os problemas têm de ser compartilhados e enfrentados.
Um relacionamento é querer crescer a cada dia com a pessoa, é querer vê-la bem, é companheirismo e amizade.

Vivemos numa sociedade de extremos; valorizamos coisas insignificantes e desprezamos aquilo que deveria ser relevantes. Viver a dois é acreditar que mesmo no pior momento coisas boas podem vir. É acreditar que todo aquele furacão emocional que fizemos - mesmo com tanta coisa destruída - ainda há o que se reconstruir aos poucos, nesse mundo sem paciência em que vivemos.

É saber perdoar, mas principalmente aprender a esperar que o outro nos perdoe. E convenhamos esperar não é fácil: dói. Nesse momento só podemos dar o nosso melhor, afinal de contas não há o que se fazer; estamos atados e apenas com muito amor e com o tempo é que certas feridas cicatrizam; certos erros são superados.

Relacionamento a dois é algo que não é fácil de explicar; não é fácil de definir. É algo que o tempo destrói ou fortalece.

Para que um casamento seja duradouro, temos que pensar e avaliar muito nossas decisões. Se às vezes 
perdemos a paciência, aos poucos vamos analisando nossos erros e conseguimos voltar ao normal. É assim que muitos casais conseguem ficar 30, 40, 50 anos juntos. Isto é uma benção - felizes daqueles que conseguem...

Ninguém gosta de ficar sozinho; todos querem ter alguém para conversar, acariciar, passear, abraçar... às vezes as pessoas se relacionam uma ou mais vezes, até encontrarem aquele que lhe faça feliz...
Por isso relacionamento a dois não é só amor – vai além; é isso e muito mais!

Por Hilda Maria Colpy Favaron, que completará Bodas de Ouro no próximo dia 20 de abril.

terça-feira, 9 de abril de 2013

Uma pequena nota sobre câncer


As células cancerosas são originárias das células normais, que crescem se dividem e morrem de forma ordenada.  Quando esse sistema celular começa a se desenvolver desordenadamente, pode se tornar canceroso.

Em vez de morrer as células cancerosas continuam a crescer e formar novas células anormais, invadindo outros tecidos, duplicando o seu DNA defeituoso. Isto pode acontecer de diversas maneiras, através da herança genética dos pais ou mesmo espontaneamente durante o tempo de vida de uma pessoa.

No mundo há milhões de pessoas vivendo ou que tiveram câncer. Segundo estimativa, cerca de metade dos homens e um terço de todas as mulheres irão desenvolver algum tipo de câncer durante suas vidas. Os homens são as maiores vítimas fatais dessa doença, principalmente por falta de acompanhamento médico constante, realizando exames preventivos.

Um estilo de vida saudável, com atividade física regular, alimentação equilibrada, manutenção do peso, ficar longe do tabaco, exposição excessiva ao sol e outras substâncias cancerígenas conhecidas, podem ajudar a reduzir o risco de contrair a doença.

Como foi mencionado, o câncer também pode ter origem hereditária, mas mesmo não tendo nenhum caso em sua família, você mesmo pode vir a contraí-lo. Por isso, ao perceber alguma coisa diferente em seu corpo, procure imediatamente um médico para que possa ser avaliado e se confirmado, começar o tratamento.



Por Hilda Maria Colpy Favaron

sexta-feira, 5 de abril de 2013

Duas notas sobre saudades


Os dois textos a seguir foram feitos em épocas diferentes, mas tratam do mesmo assunto: a saudade.

A intenção das autoras era reverenciar a memória de duas companheiras e amigas de vida que se foram inesperadamente: Ana Claudia e Tieko.

Os relatos são uma homenagem de todas as amigas do Projeto. O tempo pode curar as feridas que surgiram em nossos corações com essas perdas, mas a saudade é eterna.

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Remorar, rever, refazer. Verbos que convidam a percorrer novos caminhos. Rever o passado, refazer trajetórias e metas, abrindo espaço para novas experiências. Ao relembrar passagens significativas de nossas vidas é comum reencontrar antigos sonhos. Foi assim que decidi participar do Projeto Samuel Rangel.

Além de atender ao meu desejo de cantar, iria reencontrar antigas companheiras. Cantando músicas de diversas épocas, minha memória vagou por lugares, aromas, sabores, trazendo a lembrança de amigas inesquecíveis, uma das quais não poderei mais rever.

Apossou-se de mim, então, um sentimento estranho. Não era a melancolia produzida pela saudade que traz junto o desejo de estar com as pessoas que já se foram. Era algo maior. Como eu adoro palavras, fui buscar de outros encontros a reminiscência: o resgate da essência daquilo que se conserva na memória. A essência que uniu sopranos, barítonos, contraltos naquela hora de cantoria, sob a regência de Anabela, transformando vozes em agradecimentos pela vida e a lembrança dos que se foram em uma recordação de amor!.

Por Zezé Bueno

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SAUDADES

Por onde você for o tempo não espera.
O que ficou, ficou.
O que se foi, passou.
Na Natureza tudo passa.
Primavera, verão. Outono e inverno
As coisas mudam.
(Tudo tem o seu tempo determinado, e
Há tempo para todo propósito debaixo do céu
Há tempo de nascer e tempo de morrer
Tempo de plantar e tempo de arrancar oque se plantou;
Tempo de chorar, e tempo de rir;
Tempo de prantear e tempo de saltar de alegria- provérbios de
Salomão- Eclesiastes cap. 3 )

NOSSO PROJETO, É UM LINDO JARDIM.
Mas para florescer, precisam de raízes, saudáveis.
Os nossos sentimentos somente podem expressar sua beleza.
Quando estão cuidadosamente enraizados em nós.
Tivemos dias ensolarados, rimos e pulamos de alegria...
Mas um dia o céu escureceu, nuvens escuras cobriram o céu
Veio um grande temporal, passamos por momentos turbulentos, e
Duas de nossas pequeninas violetas, nos deixaram.
ANA CLÁUDIA E TIEKO, como sentimos as suas falta!
As flores do nosso jardim, murcharam, ficamos feinhas,
Sentido falta de vocês, guardando na lembrança os dias
Maravilhosos que passamos juntas, mas como
Depois da tempestade, vem a bonança
Vamos trazer à memória, o que nos pode dar esperança
(Jeremias,cap 3,v  21)

Por Prudência Sousa

quarta-feira, 3 de abril de 2013

Autismo


O autismo é uma deficiência e não uma doença mental. Existem várias definições de autismo: um problema neurológico ou cerebral que caracteriza por um decréscimo da comunicação e dos interesses sociais; uma desordem psiquiátrica em que o individuo se recolhe dentro de si mesmo, não respondendo a fatores externos e exibe indiferença relativa a outro individuo.

Os níveis funcionais das pessoas autistas mostram muitas variações (como Autismo Clássico, Síndrome de Asperger, etc.). É, contudo, quase sempre possível melhorar o seu nível de vida, mesmo na idade adulta, através da aplicação de programas educacionais bem selecionados e estruturados.

Fonte: Psicóloga Raquel Freire (link)


Ainda não temos a cura. Há muitos cientistas trabalhando para melhorar a vida das pessoas com autismo, como o brasileiro AlyssonMuotri. Recentemente também foi criada uma nova lei dedicada exclusivamente as pessoas com essa deficiência.

Dia 27 de dezembro de 2012 é um marco histórico na luta pelos Direitos do Autista no Brasil. A Presidente Dilma sancionou a Lei 12.764 que cria a Política Nacional de Proteção dos Direitos de Pessoas com Transtorno do Espectro do Autista. Esta lei está sendo chamada de Lei Berenice Plana em memória a uma mãe que muito lutou e articulou pela criação de tal legislação.

Ser autista não significa “ser limitado”, ou seja, impossibilitado de poder realizar atividades tão comuns a todos nós.  É apenas ser diferente.

Adaptação de Prudência